Eucaristia, um mar de Amor

Publicado em: 8 de novembro de 2017


É Jesus que, sob a aparência do pão, permanece entre nós e fixa sua morada em nosso coração. Por que agiu assim? Só há uma resposta: Amor demais. Na última Ceia, pensado em nós, Jesus deixou-nos um testamento: Ele mesmo! Diz- nos Jesus cheio de amor e desejo se dar a nós: ”Ardentemente desejei comer convosco esta ceia pascal…” (Luc. 22,15). “Quem ama se dá livremente:” minha vida ninguém a toma, eu a dou…” (cf.). Na medida em que amamos nos tornamos mais livres e já não basta deixar coisas, vem o desejo inquieto de doar a própria vida, e foi isso que Ele fez. Na sua loucura de amor pelo homem, viu que nada poderia ser maior e melhor do que Ele mesmo.

A felicidade que tanto procuramos está justamente em doar a nossa vida nos menores atos do nosso dia. Não somente o que temos, mas, principalmente, o que somos! Jesus deu- nos o exemplo: “Não há maior amor do que dá a vida por aquele que se ama”. Daí a importância de meditarmos: como tenho respondido a esse apelo de Nosso Senhor? Ele que, no extremo de amor, se fez homem, morreu por nós numa Cruz e, como se não bastasse, instituiu esse admirável Sacramento. Sacramento onde Ele se doa por inteiro com Seu CORPO, SANGUE, ALMA E DIVINDADE, para ficar conosco até o fim dos tempos (Mt. 20,28)!

Em resposta a esse amor, “também nós devemos dar a vida pelos irmãos” (I Jo 3,16). Um ensinamento importante da Eucaristia é a descoberta desse amor “gratuito e primeiro” de Deus para conosco! E a experiência com esse Amor deve nos impelir a amar gratuitamente os outros. Somente quem se sente profundamente amado é capaz de amar!

Como percebemos, muito mais do que compreender, precisamos experimentar, mergulhar na  Eucaristia, que surgiu do Coração de Jesus e somente pode ser compreendida pelo caminho do coração, do amor, da experiência, da intimidade!

Se alguém quiser compreender o mistério da Eucaristia, não poderá consegui-lo de longe. Não se conhece a Eucaristia, sem mergulharmos no mar do Seu amor.  E quanto mais mergulhamos, mais experimentamos e nos inebriamos desse amor até chegarmos ao ponto de podermos dizer como São Paulo “já não sou eu quem vive é Cristo que vive em mim”. Como autênticos cristãos, nos transformaremos em Cristo, com seus sentimentos, pensamentos, atitudes… Pois esse tão Sublime Sacramento é o único alimento que não se transforma no nosso corpo e sim tem o poder de nos transformar n‘Ele!

 

Fonte: Eduardo Moreira | Fundador