O Estado é laico ou ateu?

Publicado em: 7 de março de 2018


“Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5)

É fácil identificar que a humanidade afunda em uma grave crise. O afastamento de Deus e a resistência em seguir seus mandamentos é a causa fundamental dos males da humanidade. É inegável a importância de se discutir as relações entre Estado e Igreja.

Cristo ensinou: “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, isto é, o Estado e a Igreja têm atividades diferentes e devem atuar conjuntamente para o bem do povo. O Estado é laico, o que significa que este não professa uma religião específica, mas deve incentivar o valor religioso, que faz parte da grandeza e da dignidade do homem.

Mas é preciso desmascarar uma ideia recorrente: a de que os religiosos não deveriam se intrometer na vida pública ou opinar nas decisões políticas. Com frequência, pessoas recorrem a este argumento e, defendendo uma mal-entendida laicidade do Estado, sugerem à Igreja, o silêncio. Separar a esfera civil e religiosa não é possível, uma vez que não se pode separar a realidade física e espiritual do homem.

Enfim, o movimento, que hoje vemos, diferente de ser um Estado laico, é uma forte tendência  para dar ao Estado uma religião oficial: um Estado totalitário ateu, que quer eliminar Deus e a religião, que investe fortemente contra a liberdade religiosa. Um Estado cujo deus é o individualismo.

Como não escandalizar, por exemplo, com um Estado que chama para si a responsabilidade de educar nossas crianças em sua identidade sexual, quando esse exercício é essencialmente da família?

Causa espanto o aborto e a eutanásia serem aceitos em nossa legislação civil, como também  leis que tramitam no Congresso para desconfigurar a família tradicional. Aceitam que a mãe mate seu filho impunemente e, pior, esta ainda recebe toda assistência do Estado para assassiná-lo. O mesmo Estado que lenta e gradualmente está tirando dos filhos a identidade de seus pais.

Estamos com medo, assustados com a realidade e preocupados com o futuro. São poucas as bocas que anunciam Jesus, poucas que testemunham o verdadeiro Evangelho, menos ainda as almas que se conformam às verdades eternas. Estejamos atentos, a única forma de afastar as trevas é deixar a radiante luz de Jesus brilhar. É necessário, com a oração e com a pregação do Evangelho, anunciar a verdade de Cristo no coração do homem.  Que sejamos santos: eis o grande desafio de toda a nossa existência.

fonte: Eduardo Moreira | Consagrado Fraternidade Sacramento de Amor | Fundador e Moderador Geral