Construindo Intimidade Eucarística

Publicado em: 23 de fevereiro de 2018


Quando  chego  até Jesus eucarístico, que me espera no Santíssimo Sacramento, preciso saber e crer que antes de chegar Ele já estava me aguardando com  amor; que Ele é uma pessoa que me ama, me respeita e me aceita como sou; que Ele deseja ardentemente minha  sinceridade  e amizade; que Ele deseja profunda e amorosamente se dar a conhecer e deseja o mesmo de mim e quer que nossa amizade seja eterna e que nada nos separe. Esta certeza São Paulo soube expressar muito bem quando disse:“ Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus Nosso Senhor(Romanos 8:38-39).

Se desejo verdadeiramente ter uma amizade com Jesus   ela se construirá com minha busca, perseverança e fé. O alicerce desta amizade com Jesus é a  humildade. O percurso da humildade começa pela sinceridade. Devo falar claramente com Jesus todas as minhas dificuldades.  Se tenho dificuldades de falar de mim para as pessoas, precisarei vencer esta dificuldades com Jesus. Ali preciso falar o que está escondido, para que Jesus me ajude a encontrar o “ouro” e as “lamas” dentro de mim .

Só assim saberei separar o que é bom e me constrói daquilo que é mau e precisa ser renunciado.  Na medida de meu esforço sincero, vou sendo ajudado por Jesus. Minha sinceridade com Jesus  torna o dom da humildade fecundo no meu testemunho, onde expressarei minha dependência e confiança alegre em Jesus. Uma dependência tranquila, pacífica e uma alegria serena porque percebo que Jesus me ajuda por amor e não por meus méritos. Jesus nunca me deixará sem resposta.  Ele me ajudará pela palavra, pela “inspiração colocada em meu coração”, por sinais e envio de pessoas justas e boas para me ajudarem na caminhada.

Quando queremos nos tornar amigos de Jesus não podemos mais ser preguiçosos e relapsos, porque Ele nos ensina a sermos mais observadores e comprometidos. Jesus sabe de nossos limites  e necessidade de cura e formação e está sempre disponível e nos auxiliar para que possamos crescer e ser feliz. Somos “desajeitados”, “impertinentes”, pecadores reincidentes e  inconstantes na oração,  mas não podemos deixar de falar com sinceridade de coração e firme propósito de acertar, pois isto é “adubo” para jesus trabalhar na terra de nosso coração “infértil”.  As moções, percepções, palavras, imagens que vêm à mente nos momentos de adoração,  precisam ser levadas a sério, se estou sendo sincero. Quando provem de Deus trazem paz e alegria ao coração, quando provem do mal, elas trazem aflições e sofrimento.

Os momentos  de adoração são ricos de ensinamentos e curas porque não há solo eucarístico que não seja fértil. Quem anda por “estas terras divinas”, sempre achará frutos para comer, água pra beber, lugar para descansar, sol para aquecer, brisa pra refrescar e, acima de tudo, terá sempre ao lado um amigo de verdade, o próprio Cristo que vai apontando o caminho até que a eternidade nos encontre!

por: Elenice Faria | Missionária Fraternidade Sacramento de Amor | Missão Portugal

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